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Referência:
LISPECTOR, Clarice. Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
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Comentário:
Li este livro no terceiro ano do segundo grau... e ele me marcou muito. Foi o primeiro que mexeu realmente comigo. Nunca esqueci deste trechinho ainda no início do livro que achei genial!
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Trecho selecionado:
"Pareceu-lhe então, meditativa, que não havia homem ou mulher que por acaso não se tivesse olhado ao espelho e não se surpreendesse consigo próprio. Por uma fração de segundo a pessoa se via como um objeto a ser olhado, o que poderiam chamar de narcisismo mas, já influenciada por Ulisses, ela chamaria de: gosto de ser. Encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não imaginei: eu existo.
E pelo mesmo fato de se haver visto ao espelho, sentiu como sua condição era pequena porque um corpo é menor que o pensamento - a ponto que seria inútil ter mais liberdade: sua condição pequena não a deixaria fazer uso da liberdade."
(pgs. 19 e 20)
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23 de janeiro de 2009
Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres
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