9 de agosto de 2009

Orgulho e Preconceito - Jane Austen - 1 de X

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Referência:

AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. Tradução: Lúcio Cardoso. Coleção Grandes Sucessos. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

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Comentário:

Há um tempão sem postar, mas por boas causa: minha peça deste semestre e trabalhinhos extras.

Estou relendo O&P e notei que não tenho ainda Jane Austen na minha coleção! Então resolvi digitar algumas das minhas frases preferidas do Senhor Bennet, que é um dos meus personagens preferidos!

Ah! É tb minha homenagem ao dia dos pais!

CURIOSIDADES:

(1) Título original é "Pride and Prejudice".

(2) Há diversas adaptações audiovisuais. A mais recente (que eu conheço) é com Keira Knightley e Matthew MacFayden, dirigido por Joe Wright. Tem o mesmo nome do livro.

(3)Jane Austen escreveu apenas 6 livros (em português e na ordem de publicação): Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito, Mansfield Park (há uma adaptação para cinema que recebeu o nome de "Palácio das Ilusões"), Emma, A Abadia de Northanger e Persuasão.

(4) Na introdução do livro escrita pelo tradutor Lúcio Cardoso sobre a autora:

"O seu primeiro romance publicado foi Sense and Sensibility*, no ano de 1811. Antes, porém, com o título First Impressions, ela tinha oferecido aos editores a versão inicial de Orgulho e Preconceito. É claro que o original foi imediatamente recusado. Voltando ao silêncio do seu retiro primitivo, dividindo-se entre os seus piedosos exercícios de cristã convicta e as pequenas obrigações da existência burguesa a que se submetia, Jane Austen continua a trabalhar no romance recusado. No ano de 1813 aparece finalmente Orgulho e Preconceito, onde é minuciosamente estudada a sociedade daquele tempo, a mediocridade dos seus tipos, o ridículo dos seus hábitos, a vaidade e a tolice dos burgueses e nobres que o preconceito separava.
Rigorosamente construída, antes de mais nada essa obra era prodigiosa revelação do temperamento de uma romancista. Nada escapa ao seu lúdico olhar, nenhuma fraqueza, nenhum ridículo dessa gente que ela conhecia tão bem. (...) Orgulho e preconceito é sua obra-prima." (pgs. 5 e 6)

OBS:
"*Sense and Sensibility" é traduzido tanto como "Razão e Sensibilidade" quanto como "Razão e Sentimento".

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Personagens dos trechos selecionados:

Mr. Bennet é o pai das irmãs Bennet, entre as quais está a protagonista Elizabeth bennet.

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Trechos selecionados:

[O que está entre colchetes são explicações minhas!]

[sobre Mr. Bingley que chegará no povoado]

[MR. BENNET] - É casado ou solteiro?
[MRS. BENNET] - Oh, solteiro, naturalmente, meu caro. Solteiro e muito rico! Quatro ou cinco mil libras por ano. Que boa coisa para as nossas meninas, hem?
[MR. BENNET]- Como assim? De que modo pode isso afetá-las?
(pg. 7)


[MR. BENNET para MRS. BENNET]
- Está enganada, minha cara. Tenho muito respeito pelos seus nervos. São meus velhos amigos. Venho escutando você falar a respeito deles com grande consideração, pelo menos durante esses últimos vinte anos.
(pg. 9)



" [MRS. BENNET]- Não tussa desse modo, pelo amor de Deus, Kitty. Tenha um pouco de piedade dos meus nervos... Você os está dilacerando!
- Kitty não sabe tossir discretamente - disse o pai. - não tem noção do momento oportuno."
(pg. 10)


"- Espanta-me, meu caro - disse Mrs. Bennet - a facilidade com que você diz que suas próprias filhas são tolas. Se quisesse menoscabar os filhos de alguma pessoa, decerto não escolheria os meus.
- Se minhas filhas são tolas, espero nunca me iludir a este respeito."
(pg. 32)

"- Bem, minha cara mulher - disse Mr. Bennet, depois que Elizabeth acabou de ler o bilhete em voz alta -, se a sua filha caísse gravemente doente, se ela morresse, seria um conforto saber que foi tudo para conquistar Mr. Bingley e por ordem sua."
(pg. 34)



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