23 de abril de 2009

Hamlet - seleção 1 de 4

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Referência:

Shakespeare, William. Hamlet. Tradução: Millôr Fernandes. Porto Alegre: L&PM, 2007.

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Comentário:
Cada vez que releio descubro mais sobre a obra e entendo melhor porque fez (faz) sucesso por tanto tempo! ;o)

OBS: Polônio é um Lord camarista do Rei, pai de Laertes e Ofélia.

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Trechos selecionados:

"Polônio:
Ainda aqui, Laertes! Já devia estar no navio, que diabo!
O vento já sopra na proa de teu barco;
Só esperam por ti. Vai, com a minha benção, vai!
(Põe a mão na cabeça de Laertes.)
E trata de guardar estes poucos preceitos:
Não dá voz ao que pensares, nem transforma em ação um pensamento tolo.
Amistoso, sim, jamais vulgar.
Os amigos que tenhas, já postos à prova,
Prende-os na tua alma com grampos de aço;
Mas não caleja a mão festejando qualquer galinho implume
Mal saído do ovo. Procura não entrar em nenhuma briga;
Mas, entrando, encurrala o medo no inimigo,
Presta ouvido a muitos, tua voz a poucos.
Acolhe a opinião de todos - mas você decide.
Usa roupas tão caras quanto tua bolsa permitir,
Mas nada de extravagâncias - ricas, mas não pomposas.
O hábito revela o homem,
E, na França, as pessoas de poder ou posição
Se mostram distintas e generosas pelas roupas que vestem.
Não empreste nem peça emprestado:
Quem empresta perde o amigo e o dinheiro;
Quem pede emprestado já perdeu o controle de sua economia.
E, sobretudo, isto: sê fiel a ti mesmo.
Jamais serás falso pra ninguém
Adeus. Que minha bênção faça estes conselhos frutificarem em ti."
(pgs. 29 e 30)


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16 de abril de 2009

Central Park West

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Referência:


ALLEN, Woody. Central Park West. In: Adultérios. Tradução: Cássia Zanon. Porto Alegre, RS: L&PM Pocket, 2007.

P.S.: Tradução de "Three one-act-plays", acho que de 1974.

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Comentário:


Esta é a terceira peça do livro (são três). Já postei trechos da primeira e da segunda.

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Trechos selecionados:


"Carol: Qual foi o motivo que ele deu?

Phyllis: Que ele não me ama mais... não gosta de ficar perto de mim... que fica com falta de ar de se imaginar passando de novo pela triste coreografia de fazer sexo comigo. Esses são os vagos motivos que ele dá, mas acho que só está sendo educado. Na verdade, acho que ele não gosta da minha comida."
(pg. 131)


"Phyllis: Ela vai deixar você. Vai embora com outro homem.

Howard: Como assim?

Phyllis: Assim, você dançou... acabou a mulherzinha... ela está dando para o meu marido há três anos e vai ficar com ele.

Carol (a Phyllis): Você é destestável.

Phyllis: Estou mentindo? Feche a bioca, Howard.

Howard: Isso é verdade, Carol?

Carol: Sam e eu nos apaixonamos... não queríamos magoas ninguém.

Howard (sentando-se lentamente): N-não... claro que não.

Phyllis: Meu Deus, você não vai ficar bravo?

Howard: Para quê? Isso não vai desfazer as coisas.

Phyllis: Há um momento para ser racional, e um momento para perder as estribeiras... eu deixo as facas de carne na cozinha."
(pgs 150 e 151)


"Phyllis: Que loucura é esta? Estou sendo penalizada por todo mundo porque sou um sucesso? Minha irmã, meus amigos, meus maridos...

Howard: As pessoas nunca nos odeiam pelas nossas fraquezas... elas nos odeiam pelos nossos pontos fortes."
(pg. 178)



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15 de abril de 2009

Bloqueio Criativo - Riverside Drive

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Referência:


ALLEN, Woody. Bloqueio Criativo. Riverside Drive. In: Adultérios. Tradução: Cássia Zanon. Porto Alegre, RS: L&PM Pocket, 2007.

P.S.: Tradução de "Three one-act-plays", acho que de 1974.

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Comentário:


É a primeira peça do livro (são três). Já postei trechos da segunda peça também. Confira aqui!

OBS: Fiquei fora me março viajando pelo mundo. Estou de volta! ;o)

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Trechos selecionados:


"Jim: Fred, não vou matá-la.

Fred: Não vai?

Jim: É algo psicótico... você é psicótico.

Fred: E você é só neurótico... de modo que tenho muito a ensinar. Sou hierarquicamente superior a você."
(pg. 52)


"Jim: Olhe aqui, não estou dizendo que não estou numa situação terrivelmente complicada. Não estou dizendo que não teria sorte se a Barbara... Se ela...

Fred: Pode dizer.

Jim: Morresse. Mas ela é um ser humano.

Fred: Você diz isso como se fosse uma coisa boa."
(pg. 59)

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