26 de fevereiro de 2010

Eu tb não gosto de plágio!

Tenho livro em que percebi erros na tradução, mas como o livro é bilingue, achei que ver o original compensava os erros detectados. Afinal, todo mundo é passível de erros.

Mas... até encontrar esse blog: Não gosto de plágio.

Fique você também de olho!

16 de fevereiro de 2010

Era uma vez na América - extras DVD

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Referência:

Extras do DVD "Era uma vez na América" (Once upon a time in América). Direção: Sérgio Leone. Baseado na obra "The Hoods" de Harry Grey. Estados Unidos, 1984.

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Comentários:

Este filme é incrível! São quase 4 horas muito bem aproveitadas. O filme tem um jogo de tempos diferentes (sim, já faziam isso na década de 1980).

Para quem gosta de filmes de mafiosos, é imperdível!

Curiosidade:

1) Sergio Leone levou 11 anos para começar a concretizar seu projeto pessoal (este filme).

2) O esboço do roteiro - feito pela equipe de roteiristas a partir do livro "The Hood" tinha 200 páginas. O roteiro desenvolvido (que não era ainda o final) tinha 400 páginas.

3) O livro que inspirou o filme foi escrito por um ex-gangster que havia s etornado informante da polícia. (Do wikipedia com fonte: Hughes, Howard. Crime Wave:The Filmgoers' guide to the great crime movies. pp.156-157).

4) O filme foi lançado e bem aclamado pela crítica no Festival de Berlim em 1984.

Porém, os estúdios optaram por fazer uma "versão comercial" do filme para o lançamento nos EUA: tiraram os bem-estruturados e planejados flashbacks e cortaram cerca de 90 minutos de um filme que cada cena é imnportantíssima para o enredo e para a nossa emoção.

Esse foi o último filme de Sérgio Leone... dizem que ele não fez mais por desgosto.

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Trechos selecionados: depoimentos dos extras do DVD:


Arnon Milchan (produtor do filme):

"Caminhando sem parar, eu vi, no terraço principal de Cannes, um rosto inconfundível. 'Ai, meu Deus! Este é Sérgio Leone!' Eu não sabia, na época, que ele estava sentado naquele terraço havia 11 anos esperando alguém se aproximar, se apresentar e dizer: 'Posso assinar o cheque para financiar o seu filme e produzi-lo?'."



Stuart Kaminsky (roteirista):
- Trabalhou em cima da adaptação para cinema que já havia sido feita pelo time de roteiristas... está creditado como "diálogos adicionais"


"Ele [Sérgio Leone] leu todo o roteiro comigo lá. 400 páginas. Rindo sem parar! Ele olhou para mim e disse, pondo o roteiro de lado: 'É muito engraçado! Não quero que seja engraçado.' E eu comecei a escrever de novo."

"Eu me lembro especificamente de uma página em que Noodles [protagonista], personagem de Robert de Niro, encontra Tuesday Weld [cuja personagem é Carol] num hospital.
Ele olhou o roteiro e disse:
-Preciso de mais 10 palavras.
E apontou para uma fala de Tuesday Weld. Eu disse:
- Não está bom assim?.
E ele:
- Está. Preciso de mais 10 palavras.
Perguntei:
- Por quê?
E ele:
- Ela vai andar daqui até lá e eu quero que ela fale durante o caminho todo.
Ele já sabia como seria o set, que distância ela andaria, sabia onde a câmera ficaria, antes mesmo de o set ser construído, de qualquer coisa ser feita. E que precisava de mais 10 palavras para Tuesday Weld atravessar o local."



James Wood (co-estrela do filme, ao lado de Robert de Niro):
- Sobre a visão do diretor e persistência de conseguir fazer como queria.

"Uma vez estávamos fazendo uma cena em que Robert de Niro saía da prisão e eu devia encontrá-lo. Sergio estava numa grua enorme. Estávamos no Brooklyn, no meio da rua, e Sérgio viu que ía chover. Ficou esperando na grua porque ía fazer uma panorâmica da rua e aproximar a câmera de nós dois e queria que chovesse no meio da tomada. Ele estava tentando programar a tomada para isso. Não dava para ter máquina de chuva por causa da panorâmica do início [a máquina apareceria]. Eu pensei: 'Só Sergio Leone esperaria Deus fazer chover no meio da tomada e confiaria que, quando ele dissesse 'Ação!' Deus esperaria para fazer as nuvens se abrirem. Para minha surpresa - ou melhor, admiração - fizemos a tomada e começou a chover no meio dela, claro!"

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