2 de dezembro de 2008

Fedra

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Referência:

Versão digitalizada e disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/fedra.html

RACINE, Jean Baptiste. Fedra. Tradução: Sebastião Francisco de Mendo Trigoso. In: Teatro Francês. Coleção Clássicos Jackson. Vol. XXVIII. Rio de Janeiro: Editora W. M. Jackson Inc., 1950.

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Comentário:

Racine buscou uma história da mitologia greco-romana e a reescreveu, mas com foco em Fedra, personagem que dá nome à sua obra, como que contando o "lado dela" da história. Não sei exatamente qual o mito (seria de Hipólito?).

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Trechos selecionados:

Arícia:
Mais soberba, desprezo a fácil glória
D'incensos, a mil outras ofertados
D'entrar num coração patente de todas.
Domar, porém um ânimo inflexível,
Levar a dor a uma alma que não a sente,
Ter um cativo, atônito dos ferros
Contra um jugo que apraz em vão rebelde;
Eis meu gosto, só isto m'estimula.
(pgs. 11 e 12)

Hipólito:
Minha vida observai, e quem sou vede.
Alguns crimes precedem grandes crimes.
Quem da virtude transgrediu a meta,
Por fim quebra os direitos mais sagrados.
Como a virtude, tem degraus o vício;
Jamais se viu a tímida inocência
Passar dum salto à licença extrema;
Um mortal com virtude, só num dia
Não se torna assassino, incestuoso.
(pg. 25)

Enone:
Vós amais. Ninguém vence o destino.
Por encanto fatal foste arrastada.
Prodígio é este acaso nunca ouvido?
Só de vós o amor tem triunfado?
Natural aos mortais é a fraqueza.
Mortal, duma mortal sofreis a sorte.
Queixai-vos d'opressão já muito antiga.
Os deuses mesmo, que no Olimpo habitam,
Que são terríveis sobre os crimes troam,
Ilegítimo amor às vezes sentem.
(pg. 29)

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