11 de maio de 2009

Escola de Mulheres - seleção 1 de 2

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Referência:

Molière. Escola de Mulheres. Tradução: Millôr Fernandes. São Paulo: Círculo do Livro. (não tem data de publicação).

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Comentário:

Gente, estou lendo Molière e ele é fantástico!!!! Engraçadíssimo e inteligentíssimo. Realmente é "O cara"!

Este livro foi traduzido do original em francês, cujo título é " Lécole des Femmes" e o nome verdadeiro de Molière era Jean-Baptiste Poquelin.

Arnolfo é um velho que decide casar com uma camponesa pobre bem mais nova que ele. Como costume da época (provavelmente a peça é de 1662), Arnolfo teria se oferecido para tutelar a jovem Inês, dando-lhe moradia e educação, mas ele tb a mantém isolada da sociedade para garantir sua ingenuidade e pureza.

Crisaldo é um vizinho.

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Trechos selecionados:

Arnolfo [p/ Crisaldo]:
"... Acho que no teu casamento você encontra motivos para recear pelo meu. Na tua cabeça, é evidente, existe a certeza de que os chifres são o adorno infalível de qualquer matrimônio.

Crisaldo:
São acidentes contra os quais ninguém está garantido; e quem se preocupa com isso não passa de um idiota."
(págs. 7 e 8)


Arnolfo:
"... mas uma mulher esperta é mau presságio; eu sei o que custou a alguns casarem com mulheres cheias de talentos; me caso com uma intelectual, interessada aprenas em conversas de alcova, escrevendo maravilhas em prosa e verso, freqüentada por marqueses e gente de espírito, e fico sendo apenas o marido de madame, discreto a um canto, como um santo sem crentes. Não, não. Agradeço esses espíritos cheios de sutilezas. Mulher que escreve sabe mais do que é preciso."
(pg 10)



Crisaldo:
"Que absurdo; abandonar o nome dos pais e adotar outro, baseado apenas em quimeras. Muita gente hoje em dia não resiste a isso, e - sem que haja no que conto qualquer comparação - conheço um tipo chamado Pedroso que, nada tendo de seu além de um pequeno quintal, mandou abrir uma vala em volta dele e passou a se chamar pelo nome pomposo de Barão da Ilha."
(pg. 14)


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